Em jeito de partilha, vão duas linhas escritas para dizer o seguinte: os dois turnos de retiro anuais correram bem. Tivermos como pregador que veio de Portugal, o Senhor padre Abílio Pina Ribeiro,Claretiano, homem cheio de experiência espiritual e prática muito profunda da vida consagrada. Com a sua sabedoria instruiu-nos sobre a vivência verdadeira da vida fraterna mostrando-nos a teoria e a prática, o conhecido e o desconhecido, o simples e o complexo, o objectivo e o subjectivo etc.
Teve boas referências no nosso seio sentiu-se bem e dizia que encontrou irmãs que o acolheram muito santamente e na verdade, todas nos empenhamos para que isso tivesse acontecido. No primeiro dia falou-nos da árvore como imagem pessoal de crescimento, dando inicio com o primeiro salmo de sagrada escritura “feliz o homem que é como a árvore plantada…” e a árvore serviu para descrever toda a nossa perfeição em todos os aspectos da mesma.
No segundo dia deparamo-nos com os vários desafios de hoje e dizia, o mais importante não é o que se passa fora de nós, mas, sim o que esta dentro de nós próprios. Precisarmos de ir ao essencial: buscar o Rosto de Deus, dando continuidade à nossa Vocação: ela não se perde mas sim nós as pessoas e que nos perdemos e ficarmos sem sul nem norte.
No terceiro dia falou nos das três grandes características da vida consagrada e os seus inversos:
A fidelidade -infidelidade. Fidelidade é perseverar na palavra dada numa promessa que se fez. Comprometemo-nos a seguir Cristo radicalmente, observando o Evangelho, as constituições, etc. A nossa entrega religiosa é sem contracto e o importante é viver o amor de Cristo.
A fecundidade - esterilidade. Uma religiosa é fecunda quando ensina aos de mais a ter uma vida nova. A felicidade - infelicidade. Tem a ver com voto de castidade. É feliz aquele que se entrega totalmente a Deus com disponibilidade e espírito de serviço e diz não ao comodismo.
Falou -nos da vocação, da vida consagrada afirmando que tudo é uma proposta que Deus faz às pessoas insistindo na vivência do verdadeiro amor, para que tudo isto possa acontecer em nós, é necessária, muita humildade e espírito de discernimento e sacrifício.
Em suma, o retiro foi mesmo assim o nosso momento de paragem anual para nos encontrarmos connosco, com Deus e com os irmãos. Aprendemos muitas coisas boas e recordamos também outras que já ouvimos tantas vezes. Cabe-nos agora o aprofundamento daquilo que recordamos e aprendemos de novo. No final do retiro, em uníssono dizíamos umas às outras: “foi muito bom. O nosso lema foi e será… o silêncio é a nossa música, e a liberdade é a nossa cor…
Um bem haja ao Senhor Padre em ter aceite o convite para vir até nós falando-nos de coisas tão importantes na nossa vida.
Benguela, 8 de Junho de 2011
Comunidade de Santo António - Cavaco
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