MISSÃO EVANGELIZADORA....
PERMANECER EM CRISTO, O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA, É EVANGELIZAR EM TODO O TEMPO E LUGAR TORNANDO NOVA A BELEZA DO EVANGELHO...
sábado
quarta-feira
FORMAÇAO
PERMANENTE EM BENGUELA
NOVAS
TECNOLOGIAS: COMO USÁ-LAS?
Mais
uma vez juntamo-nos na casa Santo António Cavaco- Benguela dia 28 e 29 de Abril
para um momento formativo orientado pela Ir Roseta da congregação das irmãs de
santa Doroteia. Houve representações de todas as comunidades neste encontro.
O
tema foi: As Novas Tecnologias e como usá-las.
A
irmã palestrante introduziu o tema com uma questão que provocou várias reacções
da parte das irmãs. A questão foi; O que, que atrapalha a nossa vida religiosa
hoje. As irmãs deram respostas espontaneamente a esta questão de seguinte
maneira:
-
o individualismo - o egoísmo - o dinheiro - falta de compromisso, telefone - a
internet
-a
feitiçaria - o desígnio afectivo etc
Depois
desta partilha, a ir Roseta foi explicando como cada um destes elementos
citados pode destruir a vida comunitária e consequentemente a vida de oração. A
expositora focou três pontos chaves:
É verdade que vivemos numa sociedade que
está permanentemente num processo de mudança, mudanças muito rápidas e
profundas e corremos o risco de andar atrás destas mudanças sem reflectir.
Fidelidade a si mesma que se resume no equilíbrio,
uso positivo e correcto destes meios que o mundo nos propõe ;usando-os não como
fim mas como algo que nos ajuda a estar em sintonia com Deus e os irmãos
Somos chamados a viver uma vida incomum,
que exige uma conversão pessoal. Para isto precisamos de;
-abertura a graça de Deus
-Discernimento em liberdade e autonomia,
manifestando que a única riqueza é Jesus Cristo
-testemunho de vida
Desafios
A crise
das religiosas hoje, vem de uma falta de espiritualidade autêntica e de
renovação de compreensão da identidade religiosa por isso.
o
mundo de hoje nos chama a uma
espiritualidade mais profunda que nos liberte da escravidão de nossa ocupação e nos torna capazes de
estar em sintonia com a voz que nos chama a ser profetas da verdade.
1- Para
desenvolver uma espiritualidade autêntica que pressupõe uma autentica
experiencia de Deus é preciso manter uma vida de oração profunda e regular
2- Cultivar
uma espiritualidade dinâmica que esteja enraizada na experiencia de Deus em
todos os acontecimentos da nossa vida quotidiana.
Carta de Bento XVI por ocasião do 'Ano
Clariano'
Foi com alegria que tomei conhecimento de
que nessa Diocese, assim como entre os Franciscanos e as Clarissas do mundo
inteiro, se está a recordar santa Clara com um «Ano Clariano», por ocasião do
VIII centenário da sua «conversão» e consagração. Tal evento, cuja datação
oscila entre 1211 e 1212, completava, por assim dizer, «o feminino» a graça que
tinha alcançado poucos anos antes a comunidade de Assis com a conversão do
filho de Pietro de Bernardone. E, como acontecera para Francisco, também na
decisão de Clara se escondia o rebento de uma nova fraternidade, a Ordem
clariana que, tornando-se uma árvore frondosa, no silêncio fecundo dos
claustros continua a espalhar a boa semente do Evangelho e a servir a causa do
Reino de Deus.
Esta feliz circunstância impele-me a
voltar idealmente a Assis, para meditar com Vossa Excelência, venerado Irmão,
com a comunidade que lhe foi confiada e, igualmente, com os filhos de são
Francisco e as filhas de santa Clara, sobre o sentido deste acontecimento. Com
efeito, ele fala também à nossa geração, e tem um fascínio sobretudo para os
jovens, aos quais dirijo o meu pensamento carinhoso por ocasião da Jornada
Mundial da Juventude, celebrada este ano, segundo a tradição, nas Igrejas
particulares precisamente neste dia do Domingo de Ramos.
É a própria Santa que fala, no seu Testamento, da sua escolha radical de Cristo em termos de
«conversão» (cf. FF 2825). É a partir deste aspecto que me apraz começar,
quase retomando o discurso feito em referência à conversão de Francisco no dia
17 de Junho de 2007, quando tive a alegria de visitar esta Diocese. A história
da conversão de Clara centra-se na festa litúrgica do Domingo de Ramos. Com
efeito, o seu biógrafo escreve: «Estava próximo o dia solene dos Ramos, quando
a jovem foi ter com o homem de Deus para lhe perguntar sobre a sua conversão,
quando e de que modo devia agir. Padre Francisco ordena que no dia da festa,
elegante e ornamentada, vá aos Ramos no meio da multidão do povo, e depois na
noite seguinte, saindo da cidade, transforme a alegria mundana no luto do
domingo da Paixão. Portanto, quando chegou o dia de domingo, no meio das outras
mulheres, a jovem, resplandecente de luz festiva, entra com as outras na
igreja. Ali, com prenúncio digno, aconteceu que, enquanto os outros corriam
para receber os ramos, Clara, por pudor, permaneceu imóvel e então o Bispo,
descendo os degraus, chegou até ela e depôs o ramo na suas mãos» (Legenda Sanctae Clarae virginis, 7: FF 3168).
Tinha passado cerca de seis anos desde que
o jovem Francisco empreendera o caminho da santidade. Nas palavras do Crucifixo
de São Damião — «Vai, Francisco, repara a minha casa» — e no abraço aos
leprosos, Rosto sofredor de Cristo, ele tinha encontrado a sua vocação. Disto
brotara o gesto libertador do «despojamento» na presença do Bispo Guido. Entre
o ídolo do dinheiro que lhe fora proposto pelo pai terreno, e o amor de Deus
que prometia encher o seu coração, não teve dúvidas, e com ímpeto exclamara:
«De agora em diante poderei dizer livremente:Pai nosso, que estais no Céu, e não já pai Pietro de Bernardone» (Segunda Vida, 12: FF 597). A decisão de
Francisco tinha desconcertado a Cidade. Os primeiros anos da sua nova vida
foram caracterizados por dificuldades, amarguras e incompreensões. Mas muitos
começaram a meditar. Também a jovem Clara, então adolescente, foi sensibilizada
por este testemunho. Dotada de um acentuada sentido religioso, foi conquistada
pela «mudança» existencial daquele que tinha sido o «rei das festas». Achou o
modo de o encontrar e deixou-se envolver pelo seu fervor por Cristo. O biógrafo
faz um esboço do jovem convertido, enquanto instrui a nova discípula: «Padre
Francisco exortava-a ao desprezo pelo mundo, demonstrando-lhe com uma palavra
viva que a esperança deste mundo é árida e traz desilusão, e instilava nos seus
ouvidos a dócil união de Cristo» (Vita Sanctae Clarae Virginis, 5: FF 3164).
Segundo o Testamento de Santa Clara, ainda antes de receber outros
companheiros, Francisco tinha profetizado o caminho da sua primeira filha
espiritual e das suas irmãs de hábito. Com efeito, enquanto trabalhava pela
restauração da igreja de São Damião, onde o Crucifixo lhe tinha falado,
anunciara que aquele lugar teria sido habitado por mulheres que glorificariam
Deus com o seu santo teor de vida (cf. FF 2826; cf. Tomás de
Celano, Segunda
Vida, 13: FF 599). O Crucifixo
original encontra-se agora na Basílica de Santa Clara. Aqueles grandes olhos de
Cristo, que tinham fascinado Francisco, tornaram-se o «espelho» de Clara. Não é
por acaso que o tema do espelho lhe será tão querido e, na iv carta a Inês de
Praga, escreverá: «Fixa todos os dias este espelho, ó rainha esposa de Jesus
Cristo, e nele perscruta continuamente o teu rosto» (FF
2902). Nos anos em que se encontrava com Francisco para aprender dele o caminho
de Deus, Clara era uma jovem atraente. O Pobrezinho de Assis mostrou-lhe uma
beleza superior, que não se mede com o espelho da vaidade, mas desenvolve-se
numa vida de amor autêntico, nas pegadas de Cristo Crucificado. Deus é a beleza
verdadeira! O coração de Clara iluminou-se com este esplendor e isto
incutiu-lhe a coragem de deixar que lhe cortassem os cabelos e de começar uma
vida penitente. Para ela, como para Francisco, esta decisão foi marcada por
muitas dificuldades. Se alguns familiares a compreenderam sem dificuldade, e a
mãe Ortolana e duas irmãs até a seguiram na sua escolha de vida, outros reagiram
violentamente. A sua fuga de casa, na noite entre o Domingo de Ramos e a
Segunda-Feira Santa, teve aspectos aventurosos. Nos dias seguintes foi
perseguida nos lugares onde Francisco lhe tinha preparado um refúgio e tentaram
em vão, até com a força, fazê-la renunciar ao seu propósito.
Frei Patrício Sciadini, ocd, religioso,
Carmelita Descalço; escreveu mais de 60 livros, publicados no Brasil e no
exterior e atualmente é o delegado geral no Egito.
Hoje assistimos a um silêncio que oprime e
que deve ser rompido com a coragem profética para que a cadeia das injustiças
institucionalizadas não continue a silenciar milhões de pessoas que gritam no
deserto.
Este silêncio de morte que vemos por ai
desde o silêncio do medo que a máfia de todas as matizes espalham ao seu redor
e o “não sei não vi, não escutei”, ao silêncio dos trabalhadores que diante de
salários injustos não podem reclamar pelo medo de ficar sem trabalho e ter uma
vida pior. Do silêncio das crianças abortadas que não podem nem gritar e nem
defender-se ao silêncio dos presos e torturados que devem calar para que outros
não sofram injustamente. Estes silêncios invadem os meios de comunicação que, a
serviço de poderosos, falsificam a verdade e se colocam do lado do poder para
ter cada vez mais um posto mais alto.
Há o silêncio do diabo que está ao lado
dos justos e dos santos e com sua presença silenciosa invade o temor e
insegurança, gerando o medo coletivo. Não é este o silêncio que deve ser
mantido. Este silêncio deve ser rompido para que a voz da verdade possa ser
ouvida em todos os lados e que nasça no coração das pessoas o silêncio da
esperança que está para nascer. O silêncio é útero da sabedoria a verdade. É no
mais profundo de si mesmo que o ser humano necessita descer não para escutar a
si mesmo, as suas lamúrias e fracassos ou sonhos idealizados, mas sim para
escutar a voz de Deus que o chama a assumir corajosamente a sua identidade de
pessoa de cristão sem ter medo de nada e de ninguém.
O Papa, na sua catequese sobre o silêncio,
nos recorda citando Santo Agostinho, “que na medida que o Verbo crescer, a
palavra do homem diminui”. Aliás diante de Cristo verdade caminho e vida
somente tem espaço para o silêncio. O caminho que deve ser percorrido é fugir
do “barulho”, seja qual for, quer seja visivo com as imagens que as TV,
internet e outros meios jogam com abundância dentro de nós e que nos impedem de
refletir, de avaliar, não nos dão o tempo de avaliar os fatos porque quando
você começa a pensar é outra imagem que vem e leva longe a primeira. O barulho
auditivo que nos persegue todos os dias e sentimos que sempre mais é necessário
gritar mais forte para que possa ouvir o barulho distante do outro, mas não
escutá-lo.
É um burburinho que chega até nós, sons
convulsivos, mas não inteligíveis. São músicas, são palavras que impedem o ser
humano de saber “escutar-se e escutar aos demais”; recuperar o silêncio
exterior é fundamental. Criar pelo menos uma vez por semana um “oásis de
silêncio exterior”, onde possamos permanecer “a sós” duas ou três horas para
ouvir a doce brisa que chega até nós e na qual o Deus da vida está escondido( 1
Rs 19, 12) Quando o silêncio é fuga se torna não comunicação, nervosismo, mal
estar e espalha ao seu redor um clima de desconfiança e de tristeza.
Quando o silêncio é comunicação é como o
perfume que faz sentir sua presença embora não seja palpável. É neste silêncio
que devemos entrar novamente para compreender o que diz o místico João da Cruz “Uma palavra
falou o Pai, que foi seu Filho, e a fala sempre em eterno silêncio e, em
silêncio, há de ser ouvida pela alma.” Os místicos não são pessoas anti-sociais,
mas exemplos de comunicação. Cada palavra que eles pronunciam é palavra de
vida, de esperança, de alegria e de amor. E quando a palavra “é como espada a
dois gumes que penetra até o miolo dos ossos” é para que seja operadora de
conversão e de salvação. Somente quando o ser humano redescobrir a necessidade
do silêncio para se medir consigo, com os outros e com Deus, saberá que a força
do testemunho não é palavra, mas o silêncio, o doce silêncio. Dando a palavra
ainda a João da Cruz:
A noite sossegada,
Quase aos levantes do raiar da aurora;
A música calada,
A solidão sonora,
A ceia que recreia e que enamora.(C 15)
É o momento de praticar o que Jesus nos
ensina se queremos rezar, falar com Deus e escutar seu Filho bem amado: “desce
em você, fecha a porta e fala ao Pai.” (Mt 6)
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